Tuesday, January 31, 2006

Paris, 20 de janeiro 2006.
sexta-feira
parte I


Bem, muito tempo sem atualizar, mais de uma semana atrasada com meu diário, mas vou escrever rapidamente as coisas que aconteceram, só pra eu não esquecer delas daqui a 20 anos! :-)

Eu e a Tali acordamos, compramos coisas pra comer e pra fazer nosso almoço (sanduíche, visto a minha situação financeira nada agradável durante a viagem).

Daí saímos e fomos no Cemitério Pére Lachaise, afinal, eu não podia sair de Paris sem ver o túmulo do Jim Morrison. O cemitério é muito grande, e tem muita gente famosa enterrada lá – Morrison, Balzac, Kardec, e mais várias pessoas que agora eu não lembro, mas que no dia eu quis tirar fotos no túmulo e não tivemos tempo.. :-(

Foi bem trabalhoso achar o túmulo do Jim lá no meio, eu e a Tali ficamos procurando um tempão. Mas achamos, tem umas correntes de proteção, e algumas flores em cima. Foi o único tumulo que vi que tinha flores em cima :-) E, realmente, como alguns sabem (aqueles mais interessados em música e tal), o túmulo do Jim realmente é pequeno pra estatura que ele tinha .. (isto foi comprovado pelos músicos da banda há algum tempo atrás!!!!)

Saímos do cemitério e caminhamos até a Ópera de La Bastille. Hoje, obviamente, não tem mais a Bastilha, pois houve a Queda da Bastilha, lembram??:P ehehhe, mas tem um monumento no lugar (obelisco) e o metrô ali da Bastilha é o mais bonito também!

Depois da Bastilha passamos no Banco do Brasil para eu tentar tirar dinheiro. Não consegui! Minha aventura em Paris realmente teria que acontecer sem dinheiro. E ainda tah muito cedo pra eu colocar a plaquinha em mim: Ich bin Brazilianish und ich brauche Geld! (Sou brasileira e preciso de dinheiro ;)) ehhehe.

Depois do Banco do Brasil fomos até o Arc de Triomphe (I), que é o início da avenida Champs d’Élisé (II). No final da Champs d’Élisé fica a Place de La Concorde (III), com um obelisco bem lindo que algum Luis, acho que XIV ganhou de um rei egípcio.
(I)
(II)
(III)
Caminhamos pelo Sena, tiramos foto com a Torre Eifel ao fundo. Passamos pela Pont Alexandre III – bem linda – mas o mais legal são os enfeites principais, que parecem camisinha. .ehhe
continua.... torre eifel, notre dame... mto por vir ainda! ;)

Wednesday, January 25, 2006

Stuttgart e Paris, 19 de janeiro 2006.
quinta-feira


Bem, realmente dormi no aeroporto. Não muito, mas até que foi confortável. Consegui dormir por termos. Dormi das 0h30 até as 1h30, das 1h45 até as 2h30, das 2h45 até as 3h30, 3h45 até as 4h40, que foi quando começaram a arrumar o aeroporto para receber as pessoas no próximo dia. Os arrumadores me deram bom dia! Eheheh.

Às 5h30 eu levantei e fui perguntar o preço da passagem para Paris naquele dia. € 140.00. Fucking Shit again!

Precisava de um tempo para pensar se compraria a passagem ou não. Todas as lições de meus pais passaram na minha cabeça, as minhas aulas de microeconomia voltaram com uma força gigante, qual seria o custo da minha oportunidade de viajar para Paris. Compensava?

Será que eu conseguiria pagar com meu Visa Electron? Aceitam traveller check? Não.

Bem, pensei bem, e comprei a passagem às 6h30. Comprei a passagem justamente pelo custo da oportunidade. Dificilmente conseguiria ir logo a Paris novamente. Isto compensa o preço que paguei, mesmo sabendo que vou ter que deixar de comprar um monte de outras coisas. Agora tinha que achar como tirar dinheiro com visa electron aqui, e como trocar uma nota de 50 euros em traveler check que eu tinha levado.

Iria pra Paris com muito pouco dinheiro para gastar. E ainda tinha que ver como voltaria de Stuttgart para Frankfurt na volta da viagem.

Esperei amanhecer para ir ao centro da cidade e lá comer alguma coisa. No aeroporto tomei só uma coca cola no Burger King. Minha gastrite vai voltar bombando!

Cheguei em Stuttgart, e fui caminhar. Prestem atenção que todas as caminhadas deste dia, todos os lugares que conheci, todas as ruas que percorri, foram com a mochila nas costas. Nada agradável. Mas consegui me divertir! :-)

Stuttgart, pelo menos a parte central, é muito linda! O centro é histórico e grande, pra variar, agora também é frio. Tinha sol hoje, e o sol de fundo deixou a cidade com o clima do que esperamos das típicas cidades européias.

Logo que saí da cidade vi o símbolo da Mercedez. Stuttgart é uma cidade muito famosa pelas empresas de automóveis, e também pelos castelos que ficam no centro da cidade.
E também, outra coisa muito típica da cidade agora são as coisas relativas a futebol, todos bem empolgados com a copa do mundo, muita propaganda em português do Brasil!

Bem, aí algumas das fotos e comentários:

1) Shloss Platz (praça do Castelo) A praça é linda!!! Eu simplesmente amo estas praças e jardins aqui apesar de estarem se flor e sem folahs verdes agora. É muito lindo, o lago congelado, os animais andando (cheio de patinhos e de cisnes no lago), umas estátuas, as imagens das casas antigas.... melancólico, agradável!! Muito bom!!!

2) StaatTheater (construído de 1909 a 1912).
Uma parte bem divertida do teatro é um monumento que tem do lado, que representa um pouco a sexualidade, muito bonito, mas bem engraçado.

(imaginem o quanto eu ri olhando estas esculturas.. ehheh)

3) Neues Schloss (Castelo Novo) (Construído de 1746 a 1807)

4) Na frente do Neues Schloss tem um obelisco bem grande, bem lindo.

5) Entre o Neues Schloss e o obelisco, colocaram uma bola de futebol (Der Fussball – Globus Von André Heller).
Um artista brasileiro fez uma exposição ali dentro. Dentro da bola de futebol tinha bastante coisa pra ver, mas o mais legal (para mim pelo menos) era a parte que parecia um cinema 360º que era acionado pelos visitantes, e apresentava várias coisas. Tipo, uma parte era para ver as torcidas de cada país, acho que era um apanhado de jogos antigos, selecionei Brasil, Argentina, Alemanha e Senegal. Bem legal!!! Outra parte dava pra selecionar os países, ver em quais copas eles jogaram juntos, e quem tinha ganhado quantos jogos. Tinha também luvas e chuteiras autografadas e a taça! (com certeza era de mentira, porque não tinha nenhuma proteção). Mas tirei foto anyway. Eheehhe

6) Denker Partner. Uma estátua no meio da cidade, enquanto tava procurando um banco que me trocasse o traveler check.

7) Haus des Wirtschaft – Casa da Economia. Nesta hora vieram umas 2 pessoas me pedir informação! Olha a minha cara de alemã!!!! Mesmo com uma mala de viagem nas costas, e tirando fotos, as pessoas pensavam que eu era local e vinham pedir informações sobre ruas a seguir! :S

8) Altes Schloss (construído de 1330 até 1570)

Neste tempo caminhando pela cidade resolvi comprar um livro pra ler. Saudades dos livros, mesmo! Faz muita falta ter sempre um livro interessante comigo. Queria comprar um em inglês, para eu realmente poder ler o texto, não ter que ficar parando a cada segundo pra procurar palavras no dicionário. Mas depois resolvi que tinha que comprar um em alemão porque preciso estudar alemão ao máximo enquanto estiver aqui. O meu requisito do livro era que eu entendesse o que o título dizia. Ehheheh. Achei alguns, mas resolvi comprar Der Kleiner Prinz (isto mesmo, o Pequeno Príncipe). Porque eu nunca tinha lido o livro, e acho que não seria tão difícil de entender. Mas mesmo sendo livro infantil, consigo ler pouco sem procurar no dicionário. Cada frase devo procurar em média 2 palavras no dicionário. Bem, meu dicionário continua sendo meu grande amigo. :-)


11) Universität Stuttgart.
Às 13h45 eu estava na Universidade de Stuttgart. Bem vazia obviamente. Ninguém aqui fica fora dos prédios, porque faz frio pra caramba.. ehehhe. Acho que esta é uma das maiores diferenças da universidade, visualmente falando. É bem parecida com a UFSC.
Aparentemente só existe engenharia aqui. Só tem placas pra salas de engenharia, solda, máquinas não sei das quantas, etc. Logo, tem muito homem! AEEEE
Confirmei minhas expectativas de ter muito homem quando fui à cafeteria. Realmente tinha muito homem, e muito homem bonito (totalmente recomendado pras mulheres que quiserem vir pra cá! ;-) )!!!

Mas além disso, a cafeteria tinha um clima bem interessante. Como não tinham começado as aulas do período vespertino ainda, estava bem cheia. Muita gente jogava baralho (mas não devia ser truco:P)!!! mas o traço mais marcante é o número de laptops nas mesas, e os cigarros. Dá pra dizer assim, 25% do povo da cafeteria estava com seu laptop aberto, copo de café do lado, e cigarro no meio do dedo. Mas com certeza o número de pessoas que fumam é muito maior que no Brasil. E depois a Tali me falou que a imagem das universidades da França é igual.
Na universidade procurei a AIESEC, mas não achei.
Bem, depois fui descobrir que não existe só um campus na universidade, existe outro que é pra economia, administração, etc, que é no centro, e provavelmente lá está a AIESEC. (mas só descobri isto quanto estava na França)

Depois de conhecer a universidade, ou um pouco dela, fui para o aeroporto fazer o check in e largar a mala. Não agüentava mais carregar a mala, apesar de só ter 10kg. Fiquei bem feliz de não ter ido com mala de rodinha!! Ehehhe

O avião demorou para poder sair, porque o tempo estava horrível. Chegou com uma hora de atraso. Seria uma nova aventura ter que encontrar a Tali em algum lugar?

No caminho do aeroporto para o trem comecei a conversar com um garoto que era francês, mas fazia engenharia na Univesidade de Stuttgart (e, além disso, ele tocava sax e tuba em 3 bandas!! Mto legal!!). Ele me deixou ligar pra Tali do celular dela, mas estava desligado. PQP. Ele também me explicou que a universidade de Stuttgart possui dois campos, e eu só fui no campus de engenharia, que o outro campus é no centro. E lá provavelmente é a AIESEC (mas ele não conhecia a AIESEC)

Bem, cheguei no ponto de encontro com uma hora de atraso. E me deu uma satisfação gigante ver que a Tali ainda estava ali me esperando! Nossa, imenso alívio mesmo! Tomei uma cerveja (a mais barata), comi um panini, expliquei minha situação financeira, e fomos pra casa do Robert, que é onde eu dormi. Dormi muito bem!

Minha primeira foto em paris!! :-)

Stuttgart, 18 de janeiro 2006.
quarta-feira

Acordei cedo para terminar de arrumar minhas malas e me organizar para a viagem.

Às 14h00 a Beate me levou a HBF de Rüsselsheim, onde peguei o trem para a Banhof do aeroporto de Frankfurt e de lá peguei o trem para Stuttgart.

Este trem, que é o ICE (inter city Express) custou 52 euros. Muita grana, total mancada minha. Tentarei ver algum jeito mais barato para voltar.

Entrei no trem para Stuttgart, sentei numa poltrona qualquer. Não tinha conseguido ver se na passagem tinha alguma poltrona marcada, ou algo do tipo. Só fiquei preocupada quando na próxima estação as pessoas ficaram olhando uma marcação na poltrona e as suas respectivas passagens. Mas ninguém veio me tirar do lugar, e ali tava bem pra caramba! Ehehhe.

Mas passando já uma meia hora de viagem veio o atendente do trem (que eu chamo de ZugMan, ou ZugFrau (Zug = trem) e pediu minha passagem.

Entreguei a passagem para ele e já disse que não tinha certeza se estava na poltrona que eu deveria estar.

Ele me explicou que eu estava na primeira classe, e que deveria ir para a segunda. Ehehehe, bem que eu tinha sentido que alguma coisa estava errada! Mas minha mãe sempre tinha me falado que os trens eram muito bons, blá blá blá, eu acreditei. E a primeira classe realmente era muito boa! Ehehhe.

Bem, mas este não foi o pior, quando o ZugMan olhou minha passagem, além de dizer que eu estava na classe errada ele perguntou:

ZugMan: Você está indo para Stuttgart?

Morgana: (com cara de feliz) Sim!

ZugMan: Bem, este trem saiu de Stuttgart e está indo para Hamburg.

Morgana: (com cara de totalmente desolada) Caralho, fodeu (mas em português mesmo para o ZugMan não entender).

Perguntei para ele o que deveria fazer, e ele falou que iria me encontrar depois na 2ª classe para me dar as instruções, mas que eu desceria na próxima estação e pegaria um trem novamente para Stuttgart.

Fui pra 2ª classe e lógico que lá fiquei pensando em um monte de coisa, na merda que tinha feito, no que isto acarretaria, se eu conseguiria chegar a tempo pra pegar o avião em Stuttgart (o avião era as 19h10, e o check in deveria ser feito até as 18h40). Agora já deveriam ser umas 16h00. E foi nesta hora que eu resolvi levantar para procurar aquele específico ZugMan, e ele já estava vindo em minha direção.

Ele me explicou o que eu faria, o caminho seria o seguinte:
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Kassel W – 16h38
Mannheim – 18h42
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Mannheim – 19h33
Stuttgart – 20h08
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Caralho, não chegaria a tempo de pegar o avião. Mas fui para Stuttgart assim mesmo. Toda a aventura que eu esperava da viagem, provavelmente começaria a ter agora.

Cheguei na HBF de Stuttgart e peguei o trem para o aeroporto. Cheguei no aeroporto, descobri como ligar pra França, liguei pra Tali e expliquei a situação. No outro dia eu ligaria novamente para ela para dizer o horário do novo vôo.

Bem, agora não tinha muito que fazer. Sentei no bar do aeroporto. Tomei 1litro de Cerveja. 0,5L de Pils vom Fass, mais 0,5L de Weizer Von Fass. A Pils é muito melhor, a Weizer tem gosto de milho verde estragado :P.

Neste tempo conseguia pensar em só uma coisa: Fucking Shit!!! E fiz meu desenhinho no caderno, enquanto tentava me entorpecer um pouco com a cerveja e me preparar para passar a noite no aeroporto.

Bem, depois do 1L de cerveja fui tentar dormir. Não consegui. Caminhei um pouco mais pelo aeroporto (sempre com a mala nas costas), escovei o dente, e deitei. Não foi tão ruim!

Amanhã continuo a escrever. Boa Noite. Espero que vocês durmam melhor que eu :-).
(eu me preparando pra dormir no aeroporto)

Königstäten, 17 de janeiro 2006.
terça-feira


Nevou enquanto dormia. Quando acordei estava tudo bem branquinho! Lógico que tomei meu café da manhã correndo e fui brincar na neve! :-) Fiquei fazendo boneco de neve (Schneman) e analisando meus passos na neve. Ehhehe Foi bem legal, até minha mão congelar e eu ter que voltar pra dentro de casa! :P


À tarde fiquei organizando minha mala e a viagem pra Paris. A Tali (amiga minha da AIESEC USP que está estudando em Paris agora) tinha me dado todas as instruções para encontrá-la em Paris. Mas a minha preocupação era a volta, pois chegaria em Stuttgart as 22h05, e não teria mais como voltar para Königstädten no mesmo dia, teria que dormir lá. Provavelmente no aeroporto. Só tinha conseguido encontrar Hostel pelo preço de 20 euros.

Tuesday, January 17, 2006

Königstäten, 16 de janeiro 2006.
segunda-feira


Acordei tarde, as usual. Hoje tinha sol!! AEEE. Primeira vez que vi o sol aqui por mais tempo que 2 min! Porém, a temperatura tinha atingido -10oC.

Tomei café da manhã (porque a Elfride me obriga) e 20 minutos depois eu almocei para ir pra Mainz, às 13h00.

Peguei o ônibus na Althaus Strasse as 13h00, saltei em Rüsselsheim e lá peguei o trem para Mainz.
Algumas coisas legais:

- Nos ônibus existe um letreiro eletrônico que avisa qual é a próxima parada. E também há aviso sonoro. Então você sempre sabe onde está, e dificilmente errará a parada (somente se for cego e surdo :P by Sissa);

- apesar de eu trocar o meio de transporte, eu posso comprar um passe direto de Königstädten para Mainz. (e custa €3,35);

- ninguém cobra a sua passagem quando você compra. Exemplo: no trem você simplesmente compra a passagem, não precisa entregar pra ninguém quando entra (acho que é igual na Noruega, né Reitz?? Foi você que disse que já viajou muito de graça por lá, neh??ehhe). E também nos ônibus, você pode entrar pela frente e pagar para o motorista, ou você pode entrar pela porta de trás, se você já tiver pagado alguma espécie de ticket para a viagem, mas também, ninguém cobra este ticket.

Bem, cheguei a Mainz, fui à Volkhochschule (VHS) e esperei para fazer a minha entrevista para saber que nível eu iria entrar. Tinha bastante gente para fazer a entrevista, especialmente turcos e árabes.

A entrevista foi bem tranqüila. Pedia bastante coisa de gramática que eu deveria ter estudado mais ehehh (é Beto, você estava um pouco certo quanto a isso. .ehhe). Mas me saí bem. Eu só não queria entrar no nível 1. Mas acabei entrando no nível 3. E como o intensivo (aulas todos os dias) do nível 3 estava lotado, vou fazer o kompact do nível 3 (aulas 3 dias por semana, mas ao invés de as aulas irem até final de fevereiro, as aulas vão até o final de março).

Saí da VHS e resolvi ir caminhando até a HBF (Haupbahnhoff – estação de trem principal), mesmo porque eu tinha que comprar os livros pras aulas. Achei uma loja tipo 1,99 com muita coisa da Alemanha. Comprei algumas bandeiras, por €1 cada uma! :-)

Continuo achando Mainz uma cidade muito bonita. E a VHS é bem no centro, então conseguirei conhecer bastante coisa neste tempo.

Uma coisa bem interessante é que não há diferença de altura entre calçada e rua. Há a calçada e há a rua, porém, não há meio fio. Tem que distinguir pelas cores (que pra mim é meio difícil ainda, pois as calçadas também são coloridas). De vez em quando to caminhando por lá e tenho que sair correndo de um carro num lugar que eu jurei que era só calçada.

Agora está tudo em promoção. Muita coisa barata. Casacos por €4,99! Mas tenho que me segurar para não comprar, afinal, isso pode custar minhas viagens a outros países! (Graci, vou comprar alguma roupa em promoção pra você!) To querendo também comprar uma bota pra mim. Aqui ta na moda usar a bota por fora da calça, e tem vários tipos de bota, principalmente bota parecendo mocassim, com pelúcia por fora (pelúcia grande, só numa parte da bota, como se fosse uma polaina).

Voltei pra casa já estava escuro, Mas to conseguindo me virar muito direitinho aqui já. Bem tranqüilo, tudo é muito organizado!

Quando cheguei em casa falei para a Elfride que eu tinha comido Tuna wrap (algum enrolado de atum com cenoura, repolho, e mais saladas). E ela pensou que era alguma espécie de comida turca e ficou me xingando, disse que não faz bem comer comida turca, porque tudo é feito de comida velha, e que ninguém que é velho come comida turca, etc. Mais um exemplo do preconceito que eles demonstram por aqui. Ela ficou de cara quando disse que eu já tinha comido Kebab, e ela fica meio puta também quando eu não sigo o que ela diz, simplesmente porque é quebra de paradigma pra ela.

Fiquei esperando meu pai ligar. Não ligou. Dormi cedo.

Königstäten, 15 de janeiro 2006.
Domingo



Acordei hiper cedo pq eu e a Beate tínhamos combinado de ir ao Museu, e eu não sabia se ela tinha desmarcado comigo ou não pq eu tinha ido a boate no dia anterior.

Anyways, fomos ao museu. O museu é de uma fortaleza que foi construída em 1400 e pouco e foi destruída. Não consegui entender muita coisa, só tinha explicações em alemão.

Outra parte do museu era sobre Rüsselsheim e sua história. Esta parte era interessante, perceber o estilo de vida dos moradores aqui antigamente. Novamente, muita coisa sobre a Opel.

Adam Opel foi o fundador da Opel, e sua primeira invenção foi uma máquina de costura, bem grande eu acho. E a primeira fábrica foi de costura. Na época, quando ele foi atravessar o Rio Rhein ou Main com a máquina muitos artesãos tentaram afundar o barco dele, porque achavam que a invenção ia acabar com suas profissões.

Depois da fábrica de tecidos e costura, a Opel começou a construir bicicletas. E o primeiro modelo de bicicleta foi este da foto.

Nesta mesma época surgiu o movimento comunista na Alemanha, e também o movimento dos sindicatos trabalhistas. Vide cartaz da época na foto.



E depois de construir bicicletas, a Opel começou a construir carros. Dêem uma olhada na minha foto do lado da Limusine! Ehehhe, como a Marlene falou, parecia carro de carrossel.


À tarde não consegui dormir (apesar de ter dormido hiper pouco durante a noite) e na internet fiquei vendo como ir pra Mainz na 2ª feira. Tava bem preocupada com isso. E a Sissa é minha salvadora!!! Fez até mapinha no paint para eu entender melhor! :)

Ah, thank’s Balbi também pelos conselhos, mas não vou segui-los agora. Ehehhe.

bjs povo!

Königstäten, 14 de janeiro 2006.
Sábado

Acordei cedo para fazer a feijoada. Acordei umas 9h00 e já fui fazer a feijoada. A Elfride ficou xingando em alemão falando que eu tava cozinhando demais ... isso eu entendi! Ehehhe Ela também tava agoniada por eu estar usando a cozinha dela e fazendo o almoço para ela e para toda a família, mas no final deu tudo certo!

Feijoada, caipirinha e música brasileira (não tocou funk!)! Uma panela de feijoada queimou o fundo! :P E podia ter tido um pouco mais de sal. Mas tirando isto, tudo estava perfeito!


Mostrei fotos do Brasil, de Florianópolis, do povo inteiro, e conversamos muito. Terminei também de dar os presentes. As camisas oficiais da seleção brasileira para o Marvin e Patrick, cachaça pro Klaus, e colares pra Elfride, Beate e Marlene.


Conversamos sobre bastante coisa, principalmente eu, o Klaus e a Beate. Chegamos a conclusão que a relação Turquia X Alemanha é bem parecida à relação Brasil X Argentina. A grande diferença é que os Argentinos só “invadem” nossas praias, e aqui pra eles os turcos “invadiram” a Alemanha inteira.

Eles disseram que meu pai já falou que havia muitos argentinos em Florianópolis quando eles foram ao Brasil, e isto foi em 1986!

Bem, a conversa foi muito legal, e eu mostrei muitas fotos a eles, acho que todos gostaram bastante. (lógico que o Patrick não ficou até o final, sequer conversou... ainda dou um jeito nisso...)

Depois de tudo eu dormi, quer dizer, tomei mais um copo de caipirinha e fui dormir.. ehehhe, dormi das 17h até as 21h!

A noite fomos para a “boate brasileira”. Fomos até Rüsselsheim com o Patrick, e de lá pegamos o trem para Frankfurt. Encontramos nas estações de trem o Matias (sobrinho de uma ex-chefe da Beate e que trabalha com a Beate, e é muuuuuito divertido) e a Valerine (filipina que trabalha com a Beate).

Na estação de trem de Frankfurt (que é muito grande e muito bonita!) encontramos o chefe da Beate e mais um rapaz que trabalha com eles (o Mimo e o Mario, respectivamente). Foi a primeira “grande” espera que tivemos, e todos já estavam muito brabos. Eles só chegaram lá meia hora depois do combinado ... estranho pra Alemanha. Mas eles são marroquinos! :P

Chegando lá, a boate tão dita brasileira, e eu toda empolgada pra dançar samba, ouvir música brasileira, etc., não era brasileira, mas sim latina. Engraçado como pra eles é tudo latino América, e na América latina existe tanta separação entre hispânicos e brasileiros. Teve até uma hora na boate que o DJ falou: Agora, Brasil, samba! Daí todos olharam pra mim, esperando que eu dançasse, e começou a tocar salsa! ehheeh

Engraçado ver a Beate explicando coisas básicas pra eles também como:, se aqui é inverno, no Brasil é verão, coisas assim.

A boate era em estilo cubano (como vocês podem ver na foto) e me lembrou Frida Calo. Tocou muito Reggaeton!!! (Débora, ta lendo isso?? Ehehe, na Alemanha toca Reggaeton!!) Tocou também El Tiburón... me segurei para não dançar os passinhos da AIESEC!

E todos pagam bebida pra todo mundo. Ganhei várias bebidas de graça pelo fato de ser brasileira e de não conhecer as coisas (Jackie Daniels, cerveja, mais cerveja, tequila.. .etc!) Também muitos pagam aquelas rodadas pra todos: Ah, agora eu pago qualquer coisa que vocês quiserem! Eheheh Foi muito legal!

Também aqui existem umas torres em que pode servir 1l, 2l ou 3l de bebida. E chegando lá o Mimo (marroquino, chefe da Beate) pagou 2l pra gente de Jack Daniels com energético!


Ah, pasmem:
Tequila: €3
Cerveja 500ml: €5
Caipirinha e Cuba: €7,50

E também lá tinha bastante gente misturada, negros, brancos, velhos, novos, patricinhas, eu.. eheh, muito legal!

Na volta pegamos o trem em Frankfurt e íamos até Rüsselsheim, mas o trem parou no aeroporto de Frankfurt, e descobrimos que lá era a última parada. E o próximo trem só saía em meia hora. Então subimos no aeroporto para tomar outra cerveja!


Cheguei em casa as 6 da manhã, liguei o pc para ouvir música e dormi.